Havia me esquecido o que é viver um verdadeiro cansaço.
Não o mero cansaço físico, de pernas e costas doendo, de pálpebras pesadas.
Não o mero cansaço de um trabalho estressante e às vezes repetitivo.
Não o mero cansaço de prazos que se esgotam e daquela sensação que você não fez o melhor.
Não o mero cansaço de pessoas, daqueles que fatigam o espírito, corrompe suas virtudes e realçam seus defeitos.
Não o mero cansaço de si próprio, em que você já evita pensar sobre si para não se decepcionar ainda mais.
Não o mero cansaço dos problemas alheios que não há como você resolver, mas que permanecem lhe atormentando.
Não o mero cansaço que vem da insegurança, da ansiedade, da descrença.
O verdadeiro cansaço é aquele em que todos estes cansaços cotidianos, diários, até inofensivos, se juntam e se intensificam. É o cansaço que não lhe permite dormir direito, que o deixa irritadiço, que dá vida a fantasmas que pensava superados, que questiona seu presente e prognostica um futuro ruim.
Quando se cansa tanto assim, não adianta uma noite de descanso, de pouco vale um sonho prestes a se realizar. O cansaço não lhe deixa ver nada muito além dele próprio: O CANSAÇO.
Segunda-feira, uma das grandes motivações do meu cansaço será repassada a outras mãos, para que avaliem meu empenho. Meu empenho será avaliado, mas ninguém medirá meu cansaço.
Há como mensurar cansaços?
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Que esse "trocar de mãos" seja o início de um merecido descanso, mesmo que por hora, apenas.
E acho que Deus não nos permite mensurar cansaços. Se permitisse, acho que a gente sucumbia de vez...
Te desejo... leveza!
Postar um comentário