terça-feira, 26 de abril de 2011

A estrada de cada um

Essa canção, cantada por Fagner lá em 1980 na abertura da novela Coração Alado, por algum motivo me traduz em vários momentos de minha vida. E este é um deles. A ingenuidade foi perdida, há horas em que nos deparamos com verdadeiros desertos, mas há sempre uma estrada a seguir. Uma estrada que só pode ser trilhada por nós mesmos. Sempre achei esses versos lindos, mesmo que tenham lá seu tom um tanto passadista.




Noturno


O aço dos meus olhos
E o fel das minhas palavras
Acalmaram meu silêncio,
Mas deixaram suas marcas...


Se hoje sou deserto
É que eu não sabia
Que as flores com o tempo
Perdem a força
E a ventania
Vem mais forte...


Hoje só acredito no pulsar das minhas veias
E aquela luz que havia
Em cada ponto de partida
Há muito me deixou
Há muito me deixou


Ah, coração alado
Desfolharei meus olhos
Nesse escuro véu
Não acredito mais no fogo ingênuo da paixão
São tantas ilusões perdidas na lembrança
Nessa estrada, só quem pode me seguir sou eu...

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