Uma crônica de minha autoria publicada em O POPULAR no dia 7 de abril gerou polêmica no Amapá, estado aludido no texto. Recebi, em meu e-mail pessoal, e também por meio de comentários em meu blog, diversas reações iradas ao trabalho, tachando-o de desinformado, ignorante e preconceituoso. Muitas dessas manifestações referiam-se à crônica como uma matéria jornalística ou um artigo de opinião.Quero, portanto, prestar os devidos esclarecimentos não só aos leitores deste jornal, como também à população amapaense que se sentiu ofendida.
Em primeiro lugar, gostaria de dizer que nunca houve a intenção de atacar o povo do Amapá. Na crônica, quando “é posta em dúvida” a existência do Estado, obviamente que se tratava de uma afirmação fantasiosa, uma vez que é impensável alguém dizer, seriamente, que determinada unidade da nação não existe. Seria o negar o óbvio ou defender que o mar não é salgado ou que o Sol gira em torno da Terra. Quem quer que diga que o Amapá não existe, mesmo em uma conversa informal, só pode estar brincando com seu interlocutor. Pelo menos é assim que eu encararia se alguém me dissesse ou escrevesse que Goiás não existe.
Ao dizer, logo no início do texto, que “duvidava” da existência do Amapá, faço automaticamente o convite ao leitor para sair, em alguma medida, da realidade. O absurdo da afirmação suspende os planos da lógica no restante da leitura. Esta, aliás, é a dinâmica da crônica, gênero híbrido que mistura o real e o ficcional em uma narrativa que foge dos parâmetros tradicionais do jornalismo. Como um texto que mistura discursos, a crônica busca referências na realidade para, justamente, subvertê-las de alguma maneira ou então supreender seus leitores com o elemento inesperado, da ironia e da fantasia. Isso não ocorre, por exemplo, em reportagens e artigos de opinião, restritos que estão à busca do relato da realidade palpável.
Ao tomar o Amapá como tema de meu texto, o objetivo não era denegrir o Estado e sim ironizar, a partir dele, mazelas que são de todos nós brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Amazonas, do Ceará ao Acre, de São Paulo a Goiás. Quando digo que os escândalos políticos não existem no Amapá, estou salientando exatamente o contrário, que eles existem em toda parte, indiscriminadamente, tanto que cito um político que tem se envolvido em vários deles nos últimos tempos. Quando falo da goleada do Goiás sobre o São José, estou, na verdade, pegando no pé do time goiano, que tem dificuldade em vencer seus adversários regionais, numa provocação caseira.
Quando se publica um texto, a reação do leitor é legítima, desde que dentro dos parâmetros mínimos de civilidade. Entre os muitos comentários recebidos, vários são críticas pertinentes, que precisam ser levadas em conta. Aqui faço um mea culpa por ter, mesmo que involuntariamente, atingido a identidade de cidadãos amapaenses e agradeço as mensagens que ressaltam possíveis erros cometidos, pelos quais peço desculpas. Mesmo o gênero crônica, como muitos disseram, não permite excessos e me penitencio por aqueles que tenha cometido.
Há, porém, mensagens – infelizmente em maior número –, que partiram para ataques pessoais, desqualificando a mim e a meu trabalho de forma chula e irresponsável. Entre essas manifestações de desequilíbrio, algumas mencionam até ameaças físicas. Lamento profundamente que tanta gente só encontre o xingamento como o melhor argumento para defender sua terra. Em redes sociais, comentários deram lugar à incitação ao ódio, o que é lamentável, muito mais que qualquer crônica equivocada.
Entendo que a difusão do texto no Amapá como foi feita, sem a devida contextualização, de forma sensacionalista, por meio de um recorte de jornal escaneado que retira todo o contexto da publicação original do texto – que é impresso na página do horóscopo e dos quadrinhos, mostrando seu viés literário – tenha contribuído para a percepção de que se tratava de uma agressão gratuita. Na internet, as pessoas se sentem mais corajosas para ameaçar e ofender. Em muitos dos recados deixados, os autores até admitem que estão escrevendo por comentários ouvidos e não pela leitura do texto em si.
Àqueles que criticaram o texto, agradeço. Àqueles que se sentiram ofendidos pela crônica, peço desculpas. Àqueles que me endereçaram ofensas, não tenho nada a dizer.
P.S.: Este é um artigo de opinião e não uma crônica. Portanto, não há nada fictício aqui.
Uma versão deste artigo será publicada no jornal O Popular
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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28 comentários:
Fiquei mais feliz em ler "Esclarecimentos sobre o Amapá" a "Amapá, uma abstração".
Mesmo sendo uma crônica, vejo que o texto não contribui com o Estado do Amapá. O Estado é pouco conhecido e as pessoas acreditam no pouco que leem sobre o local.
Espero, realmente, que a retratação seja publicada.
Att. Ricardo Tannús
Caro Rogério, sou do Amapá, nascido aqui, li a crônica que se refere, apesar de ter entendido que se tratava de uma brincadeira, quando perguntava se o Amapá existe, me senti extremamente ofendido, esse é o tipo de brincadeira que não se faz, e se estão lhe fazendo ataques pessoais, desqualificando a você e a seu trabalho de forma chula e irresponsável. Creio que seja de forma merecida sendo que o senhor o fez não apenas com uma pessoa mas com um estado inteiro. Em fim não o desculpo, desculparia se fosse uma criança ou algum desentendido, mas um jornalista cometer esse tipo de erro é imperdoável.
Oi Rogério. Não vim aqui julgá-lo. Vim só pra me apresentar... assim você já pode dizer que conhece alguém do Amapá! rsrs. Sou Natalense e há dois anos moro no Amapá, terra que me acolheu super bem. Em resumo, quero dizer que o Amapá existe, que tem MUITA corrupção aqui sim, mas que, principalmente, aqui as pessoas encontram oportunidades difíceis de se ver em outro lugar! Agradeço o seu artigo,pois assim divulga mais o nosso Estado, mas prefiro que as pessoas continuem no seu "mundinho" de sul e sudeste (Não cito o Centro-Oeste pois as pessoas nem sabem que existe essa divisão de Região, pelo menos eu não conheço ninguém que saiba!;), assim sobra mais natureza, ar puro e emprego pra todos os que já "descobriram" o Amapá- Terra de Gente FELIZ! Att. Janayna
Prezado Rogério Borges,
como você se sentiu ao receber inúmeras mensagens que colocam seu trabalho em "jogo"? Pois bem, tenho certeza que o povo amapaense sentiu-se pior que você ao colocar uma nação em "jogo".
Penso, que um jornalista tenha que escolher muito bem suas palavras, mesmo que sejam usadas no rodapé ou em qualquer outro caderno de um Jornal.
Vejo você como mais um AMADOR tentando fazer jornalismo, porém sem sucesso e infeliz nos seus artigos.
acredito seriamente q o voce esteja arrependido por ter feito um texto, ao meu ver, ofensivo ao povo amapaense. eu, que estou morando em Natal-Rn, sinto degradante saudds de minha terra a qual defendo com afinco, e por pensar assim, sua reação nao seria diferente se voce se deparasse com um texto diminuindo sua terra natal. Mesmo sem conhecer nosso estado, voce fez comentários massacrantes e ofensivos a qualquer cidadao macapaense; nao observou o histórico da ocupação em nossa terra pois perceberia que fomos e ainda somos esquecidos pelo poder politico nacional, desmereceu o frágil time do Sao jose, o qual é formado por verddeiros guerreiros pois nao contam com o mesmo auxilio que dispoe outros clubes e que ja foi uma vitoria enorme chegar até goias e enfrentar o respeitavel time que leva o nome de seu estado. espero que voce se redima e pense mais antes de publicar algo tao ofensivo.
Gabriel Pinheiro
CARO ROGÉRIO FICO FELIZ POR VOCÊ TER TIDO A HUMILDADE EM SE RETRATAR COM A COMUNIDADE AMAPAENSE,DE FATO TODOS FICAMOS REVOLTADOS DIANTE DE SUA PUBLICAÇÃO,MAS COMO VOCÊ DISSE QUE SUA INTENÇÃO NÃO ERA OFENDER NOSSO ESTADO, ENTÃO ACREDITAMOS.POIS FICA MUITO CHATO TER QUE CONVIVER COM BRASILEIROS QUE ATACAM ATRAVÉS DE PALAVRA SUA PRÓPRIA GENTE.COMO DIZ NO SEU ESCLARECIMENTO NÃO FOI O SEU CASO.
Parabéns senhor Rogério. Seu esclarecimento foi oportuno e seu pedido de desculpas muito apropriado. Certamente os cidadãos brasileiros/amapaenses conscientes devem ter apreciado sua nobreza de espírito. Imagino que seja jovem e a ousadia e desejo de projeção façam parte de seu ímpeto profissional. Desejo sucesso em sua jornada futura e, como cidadão amapaense/goiano que sou, fiquei aliviado e feliz em observar sua dignidade comforme apresentada em seu esclarecimento.
Suas desculpas até serão aceitas, mas a imagem que passou de nossa terra denigre totalmente nosso orgulho. Você não mora aqui pra saber os lados positivos ou negativos daqui. Tem pessoas que não sairiam daqui pra nada.
Sua desculpa, não apaga o que disse. E pode ver que muitas pessoas leram seu texto, o que quer dizer que respeitamos seu trabalho, e gastamos o nosso tempo com o mesmo.
Na verdade, eu que peço desculpa.
O problema foi que talvez você não conheça a historia que tem sofrido o povo amapaense com esses tipo de textos mesmo sendo apenas "crônicas" ou não com relação ao estado,entendo que de certo gerou revolta e ira,mas por quem sabe ate um passado historico pelo estado ser esculachado desse jeito a muito tempo.Mas mesmo sendo ou não apenas uma crônica vc pegou pesado e como botou em seu blog "és responsavel pelos teus atos" fico feliz que tenha dado uma resposta para tentar ao menos explicar o que foi escrito,mas na proxima vez tente estudar o local antes disso,tente ver se a população vai sair aceitar numa boa,mesmo com as infinitas brincadeiras e piadas de mal gosto contra o estado. Obrigado.
Peço desculpas pelas infamidades cometidas por todos os internautas revoltados ao ler o que vc escreveu,mas sendo letrado como és,talvez entendas que sempre sofreram brincadeira como:"aonde vcs moram tem jacaré pelas ruas"?.
Coisa do gênero,isso ofende,e,de maneira demasiada como são feitas,uma hora o estopim estoura.
Mais uma vez,peço desculpa(mesmo sabendo que sou apenas um garoto e mais ninguem).
Rogério Borges, sou amapaense e confesso a você que me diverti muito com o que você escreveu com relação ao meu estado.
Não sei porque tanta indignação por uma crônica escrita com humor apurado. Você é muito bom no que faz e, talvez a revolta de alguns seja por causa de que conseguiram se enxergar no texto.
Porém, nem pense em vir passear por aqui, enquanto os ânimos estiverem exaltados. Mas, você é muito bem vindo a terra do nunca...rsrsrs...sei que agora muitos turistas vão querer passear por estas bandas, afinal Peter Pan e o rancho do Michel Jackson estão no imaginário de muita gente.
Abraço amapaense.
Para mim isso já foi mais do explicado. Entendi totalmente o seu alvo ao redigir aquela Crônica, mas da próxima, vai escolher um assunto que seja menos prejudicial a tua carreira, e que faça repercussões positivas para a mesma. Já deu no que tinha que dá, o Amapá não mudou em nada depois desse "pagina" de sua história, acho que o povo deu Ibope demais para algo que não deveria ser para tanto...
É bom mesmo que você venha através desse espaço se retratar, pois gerou revolta, e até questionamento sobre a sua real formação acadêmica, e se pelo ao menos estudou GEOGRAFIA.
olá Rogerio, eu até que gostei da cronica, não pelo fato de falar mal do Amapá, e sim de ver que o Estado do Amapá não é reconhecido lá fora, não existe nenhuma divulgação do Estado nos jornais, não existe essa preocupação por parte dos governantes, quem sabe agora não vai repercurtir algo!... espero que sim... algo de bom é claro... bjos...
Que bom que perceber-tes os teus ecessos. Isso mstra que você tem vontade de se tornar m grande profissional.
Caríssimo Sr. Rogério Borges, não sei se estou errada, tenho o direito de errar também, mas creio que o Sr. já é bem crescidinho para perceber que tudo o que falamos, escrevemos ou pensamos, gera algo debom ou ruim; o Sr. deve saber também, que um artigo daqueles que o Sr. escreveu, obviamente provocaria a ira e a revolta de toda uma população, já que em vários trechos, o Sr. se refere ao Amapá como um local inexistente, não sei pelo fato de que este Estado é distante das metrópoles brasileiras.
Achei muito nobre a sua atitude de se retratar (se é que é isto que o Sr está fazendo)em seu blog, mas enso que o Sr deveria tomar mais cuidado como que publica; que o Sr. pense bem antes de escrever algo que possa machucar, polemizar ou provocar ira em uma população inteira, pois convenhamos que em vários trechos, o Sr. ofende, e muito a população amapaense.
Sr. Rogério, o Amapá é um Estado como todos os outros, que se apresenta sob a forma de grandes riquezas naturais, belezas incomparáveis e que também, como todo o resto do Brasil, tem problemas, políticos e sociais, pois afinal, o Amapá fica localizado no Brasil...
Eu tenho 17 anos de idade, sou acadêmica de Letras da Universidade Federal do Amapá, não sou amapaense, mas tenho muito orgulho de morar neste Estado, não o trocaria por lugar nenhum neste país e confesso que fui tomada por um sentimento de revolta e ira ao ler o artigo escrito pelo Sr.
No momento, fiquei pensando no que teria feito o povo amapaense para provocar tanta "raiva", no Sr., mas logo depois, me confortei.
Saber que o Amapá, apesar de não ser lembrado por muitos brasileiros, ser um Estado distante, e por isso, praticamente excluído do Brasil me deixa triste, não pelo Amapá, mas pelo Brasil que não sabe o que está perdendo, as riquezas naturais que está deixando despercebida e o grande potencial industrial que existe nesta cidade.
Mas enfim, o Amapá está em desenvolvimento, e acredito que o Sr. e todo o Brasil, ainda vão ouvir muito sobre meu Estado de coração.
Espero que em uma oportunidade, o Sr. se disponha a visitar-nos, seria uma honra apresentar-lhe tudo de bom que o Amapá pode lhe oferecer...
Não sei se o Sr. vai ler todo este comentário, se simplesmente vai apagá-lo, sem ao menos atentar para o que escrevo.
Não sei se o Sr. vai dar importância para o que escreve uma simples e pequena acadêmica de Letras de uma Universidade Federal de um lugar distante e esqueciso como o Amapá, mas se ler, tenha a sensibilidade necessária para perceber que eu em momento algum o estou ofendendo, não é esta minha intenção...
Escrevo desde meus doze anos de idade, e em texto algum, ecrevi algo que pudesse ofender alguém, nem em meus mais revoltados textos.
Acredito que o que escrevemos é resultado do que somos, fazemos e pensamos, e não quero jamais que alguém se ire contra mim por algo que escrevi.
Tenho blog, orkut e outros, não ssei se isso pode um dia lhe interessar, mas visitarei seu blog novamente e deixarei os endereços, para o caso de haver possibilidade de manter algum contato.
Ralane Cristina.
Como estou postando pela manhã, bom dia. Como amapaense nato, com aquilo roxo, fiquei p.. da vida com sua crônica enfatizando que o Amapá não existia, era Terra do Nunca. Agora com o texto Esclarecimento sobre o Amapá, estou mais calmo e aceito suas desculpas, pois sinto que está sendo sincero. Apoveito para convidá-lo para conhecer Macapá, tomar umas geladas sob um lindo luar as margens do rio amazonas, tendo como vizinho o monumento da fortaleza de São José, umas das 7 maravilhaa do Brasil. Fique em paz.
Cara você deveria conhecer o AMAPÁ, apesar de tudo não e so aqui que existe prostituição ou marginalização, isso acontece em todo o Brasil. Brasilia que Brasilia os Jovens usam drogas quase q dentro do senado.
Eu faço um convite à você pra visitar o Amapá, em especial o Oiapoque ou a "Terra do Nunca" como você publicou !
Ao ler sua cronica fez-me lembrar de varios acontecimentos em minha vida. ja morei em outros estados alem do meu e ao chegar, ao conhecer pessoas, sempre tinha aquele amigo que começava com a piada:"A Geissy vem do Amapa, sabiam que onde ela mora desligam o gerador de de luz as 8 da noite e que ao andar pelas ruas voce cruza com onças, capivaras e varios outros animais???... hahaha" entao todos começavam a rir. Minha replica sempre foi a seguinte: " tirando a parte das onças, existem locais obde realmente o gerador de energia e desligado as 8/9 ou 10 da noite, assim como tambem tem lugares onde nem gerador existe. tal como a casa do meu avo... iamos pra la sempre. meu pai deixava o carro perto do lugar onde pegavamos canoas e iamos rio acima ate a casa do meu avo(minha mae sempre pedia pra parar a canoa ela pegava alguma especie diferente de samambaia,ela adora!!). La a luz era a lamparina(lampiao).Adorava aquilo, corrimos pela mata, comiamos frutas frescas(certa vez tivemos que fugir de cobra) mas o melhor era ao fim dia, quando anoitecia. Na casa nao tinham quartos, era como um grande salao de festas e todos atavamos as redes formando um grande circulo(viamos uns aos outros) e começava a grande hora: meu avo(semi-analfabeto das letras) contava estorias, muitas delas reais, outras contos de fadas que certa vez ele ouvira...viajavamos horas em suas palavras ate o silencio nos acalentar e dormirmos... Outras vezes iamos para casa de um tio(la havia energia eletrica =)) acordavamos cedo da manha e iamos tirar leite de vaca, tomar banho de rio todos os dias e ouvir muitas, muitas estorias...Alem de visitarmos lugares, tambem moramos em varios outros, minha mae era professora e lecionou por muitos anos nos interiores do estado(iclusive eu nasci em um deles, Foz do Rio Macacoari, meu pai fez o parto), moramos no Cachorrinho, Ilha dos bois... e de cada lugar muitas estorias escutadas e vividas."
Ao final de minha replica via o brilho nos olhos dos meus amigos e completava "Sim, onde moro é exatamente assim." e todos riamos, pra variar zoavam um pouco mais comigo porém com outro tom nas palvras.
Hoje vivo no exterior, ja conheci alguns paises e pessoas de outros lugares do mundo. Hoje a piada é outra:'A Geissy vem do Brasil, la é so violencia, tiro pra todo lado...'. Isso me toca profundamente, sinto uma pontada de tristeza, pois amo o Brasil, entao minha replica é a seguinte: " Realmente nas grandes cidades, o indice de criminalidade é altissimo, reflexo da super população, milhoes e milhoes de pessoas tentando sobreviver no mesmo espaço. Mas nem todos os lugares sao assim..." entao começo a falar do meu estado e mostro fotos (pois as tenho no celular) e conto estorias. Com brilho nos olhos eles me dizem ' voce não precisa estar aqui, nos vamos pra la morar com voce...' e começam as risadas.
Sou fã das cronicas(adoro Arnaldo Jabor), mas sinceramente felizmente atraves da sua cronica so pude constatar, muito feliz, o porque amo tanto 'meu lugar', Amapá. Somos povo guerreiro!! Obrigada pelo espaço!
É louvável, a grandeza do ser humano em reconhecer suas atitudes mal interpretadas.
Tenho certeza que você deve ter aprendido muito com isso.
Da próxima vez que escrever algo que mensione qualquer Estado ou pessoa, espero que você tenha conhecimento da realidade local e experiencias concretas e formadas por sí próprio.
Somos todos manipuláveis, mais podemos controlar até que pontos queremos ser manipulados.
Parabéns pela louvável iniciativa, vejo que teve um lado positivo tanto para o Estado quanto para os cidadãos, pois a repercução que a crônica teve despertou a reflexão até mesmo dos mais ofendidos.
Lutamos e trabalhamos para fazer do Amapá um estado reconhecido, tentamos reduzir os indices de alfabetização, incentivamos nossas crianças dando aos alunos de escola pública todo material escolar inclusive mochilas. Nos sentimos ofendidos sim, mas onde estamos errados procuramos melhorar.
Sem mais para o momento. Grata pela atenção.
Rafaela Priscila Borges
Oyapoque é mais uma cidade que constrange qualquer civilização moderna, garimpeiros famintos e sem formação nenhuma, se juntam a prostituas orgulhosas de seus clientes Franceses, sem falar de todo tipo de tráfico e assassínios, não me interessa falar da parte boa, que é minima. Ja macapá é melhorzinha alguns anos na frente, acrdito que puchada por influencia Belemense,ja Santana é um poço de selvageria e violência, resumindo o Estado inteiro é terra que ninguem encherga mesmo, mas de bo nível salarial pra classe de servidor público. Josinaldo.
Alô alô Rogerio Borges é aqui do planeta Amapari!
"Abstração ao Extremo"
Você sabia que o maior inimigo do Batman não é o Coringa, mas sim o Charada!
O Charada consegue deixar dúvidas na cabeça do Batman,apesar do mocinho sempre ganhar do vilão, as dúvidas continuam. Nesse contexto, eu o convido para escrever a serie "Abstração ao Extremo" no renomado e existente jornal “O Popular”, de Goiás. Posso sugerir que você escreva sobre: Rio Grande do Sul “Sul Maravilha”; São Paulo “Uma Louca Abstração”; Goiás “Alho Roxo de Goiás”; Rio de Janeiro “A cidade submersa”; Brasília “Quase Deuses”; Minas Gerais “ET’s de Varginópolis” e assim a série continua. Estou ansioso para ler esses artigos com estes títulos bizarros que só podem ser escritos por um doutorando como você.
Com todo o respeito de “um minhoca, filho da terra”!
Alex Pacheco
Olá Rogério, sou amapaense e moro em Brasília a 14 anos, inicialmente achei sua crônica um tanto ofensiva, porém após analisar com bastante atenção o que você escreveu e descreveu, percebi que isso pode servir para dar uma refrescada na opinião e ideologia de muitos amapaenses.
O Amapá que vivi até meus 18 anos, é bem diferente do Amapá de José Sarney, que particularmente não sei o que ele faz ou fez, além de vender uma farsa chamada Zona Franca, o que conhecemos foi a franqueza de mentiras.
O Amapá que conheço é de uma grande população que trabalha e faz com que esse estado seja um dia uma referência de superação, persistência e vitória.
O Amapá que conheço é aquele que fez com que alguns políticos tomassem posse de algumas de suas estatais e estendendo seus escritórios políticos para dentro dessas empresas que é de fato desse povo que tanto trabalha.
O Amapá que conheço é o que faz com que alguns de seus caciques políticos, ocupem cargos vitalício, perpetuando suas famílias como reais, detentoras de parte de suas riquezas.
Peço a você que escreva sobre esses que fazem do Amapá verdadeiros reinos de farras e benesses de seus filhos, parentes, aderentes e afilhados políticos. Peço aos amapaenses que reflitam e se conscientizem de que esse estado é nosso e não de poucos, convido a todos que façamos uma verdadeira revolução e essa matéria sirva para que todos percebam que estão sendo escravizados por essa corja de bandidos.
Lembrem que um governador bandido já caiu no Brasil, junto com alguns deputados bandidos, esse é o Brasil o pais que tudo pode, mas que pouco se faz. O Amapá existe e faz parte desse país de faz de conta.
Eles fazem de conta que nos enganam e nós fazemos de conta que acreditamos.
Sinceramente Rogério,não há justificativas que eliminem a sua ofensa!Portanto,agora é bem tarde p/ desfazer a afirmação a qual vç se referiu ao meu estado...nunca critique a cultura de um lugar sem conhecê-la!
isso é inadimissível!
Mas que ofensa?
Realmente o Amapá não deve ser grande coisa para seu povo se sentir tão ofendido por nada. Talvez essa seja a unica divulgação do estado em âmbito nacional em pelo menos dez anos...
Nasci no estado do Rio de Janeiro e o que já ouvi de gozação em viagens, artigos, programas de TV e até mesmo na internet ultrapassa minha capacidade de contagem. Mas eu sei diferenciar humor de ofensa.
Vocês não?
de macapá
para o brasil
olá Rogério,gostaria de dizer q nós amapaenses somos como crianças,não guardamos mágoa de ninguém.SE vc quiser nos visitar macapá estará de braços abertos para recebê-lo.
já recebemos muitas pessoas famosas aqui,tipo:claudia leite,ivete sangalo,nx zero,vitor e léo,ed motta,tom cleber,o presidente lula,asa de aguia entre tantos outros,e o mais recente foi o ilustrissimo WILLIAM BONNER q fez o JORNAL NACIONAL AO VIVO!
PORTANTO macapá naum só existe q muitos famosos já vieram e vem o tempo todo,só falta vc!
bjus.
É doloroso perceber como alguns leitores precisam desse tipo de esclarecimento (do óbvio). Doloroso e lamentável.
kkkk... um texto super bem escrito e o pessoal querendo tomar como algo sério??? Sério é o trabalho dele em sentar numa cadeira para escrever um texto inteligente e que provoca indignação nas pessoas. Como já disseram aí em cima, "cadê o senso de humor, galera?" Isto é humor inteligente. Pena que muitos na imprensa só tem olhos para achar graça no que fazem em Brasília!
Parabéns, colega!
Deixem o Rogério Borges e o Amapá em paz!(PS: eu acredito pois um amigo foi lá e voltou!)
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