terça-feira, 13 de abril de 2010

Crônicas e reações

Desde que me tornei cronista, redigi alguns textos que geraram reações. Algumas positivas, outras negativas. Isso é normal, faz parte do jogo. Quem publica, se presta à avaliação do público, o que é salutar.

O lamentável, às vezes, é que esse julgamento se dá em parâmetros equivocados. Foi isso o que ocorreu com meu mais recente texto, uma crônica em que coloco em dúvida a existência do Amapá. Recebi e-mails, fui "elogiosamente" referido no twitter e também neste blog por cidadãos do Amapá indignados com minha "ignorância", meu "desrespeito" e minha "burrice".

Comentários normais, não fosse o fato de o texto ter sido lido, em quase 100% do que comentaram, de forma totalmente equivocada. Acharam que a crônica era artigo de opinião, reportagem jornalística ou coisa que o valha. Equívoco, e dos grandes.

Crônica é o resquício de literatura nos jornais e, portanto, não tem o compromisso com a verdade dos fatos como deve ter as matérias jornalísticas. A crônica também não exprime necessariamente a opinião de quem a escreveu, já que não se trata de um artigo. É um texto de ficção, que pode falar de atualidades e e se basear em fatos reais, ou não.

Já fiz crônicas em que ameaçava matar pinchers a pisadas. Matei algum? Claro que não. Já inventei uma personagem, a Dona Iraci, que é uma velha fofoqueira e maledicente. Ela existe. Não. Já falei sobre as mais diversas bobagens, ironizando ou brincando com questões que mexem com o imaginário coletivo. Penso tudo o que escrevi? Claro que não.

Com o Amapá ocorre a mesma dinâmica. Claro que sei que o Amapá existe. Ainda não estou esclerosado. Claro que eu conheço pessoas do Amapá. Tirei sarro delas. Claro que sei o que é ser discriminado. Goiás também é. Aliás, muitos dos comentários, esses nada cronísticos e sim raivosos e descontrolados, demonstraram os preconceitos das pessoas em relação a Goiás.

Quando se escreve uma crônica, com a liberdade de criação que ela permite, imaginamos que os leitores também terão a abstração do autor, entrarão em um mundo possível, mas não real. Literatura, não importa de que qualidade seja, aposta nesse acordo tácito. Machado não morreu para escrever Memórias Póstumas com seu "narrador defunto". Guimarães Rosa não se tornou um jagunço para poder criar as histórias de Riobaldo em Grande Sertão: Veredas. E mesmo Flaubert, que declarou que "Madame Bovary c'est moi" não era, ele próprio, uma esposa adúltera.

Aos mais ofendidos pela crônica, não peço desculpas: peço mais abstração. Na crônica, que tem espaço reservado no jornal, com anúncio em letras garrafais, no suplemento de cultura, para que não paire dúvidas a respeito de sua natureza, é necessário imaginar e não se ater ao pé da letra do texto.

Passo a moderar os comentários neste blog porque minha mãe não tem nada a ver com os que leram errado minha CRÔNICA.

Abraço aos seguidores deste blog.

OBS: Ah, e para que não pairem dúvidas, sei que o Amapá existe sim. Sei há muito tempo, muito antes do Google, que me foi tão singelamente indicado por muitos.

41 comentários:

Naiane disse...

Querido Rogério Borges,

Que bom que recebeste o meu email e o leu (já que citou certas coisinhas por ai, no seu texto). Não fui com a grande intensidade de ontem lhe chamar dois mil palavrões que vagam a minha mente e boca, mas tentei, de verdade, entender que babaquice foi a sua de escrever uma aberração daquela.
Se quer fazer história, faça direito.
Gosto das palavras, gosto do que todo mundo escreve (na real condição de amar as palavras, viu?), amo de paixão crônicas e textos abusados. Mas você pisou com botas de espinhos no que se referiu ao Amapá.
comentei o Google, os Blogs, o diabo a quatro porque você, simplesmente, quis ser o engraçadinho a dar a cara à tapa.
Não vou pedir nota de desculpas porque cada um sabe e é responsável pelo o que escreve. Mas a tréplica não adiantou muito. Você está sendo odiado. MUITO ODIADO.

Abraços,

Naiane Feitoza.

Unknown disse...

É só interpretar o texto meu povo...

Tem que ser isso mesmo...

Como vc falou..."Aos mais ofendidos pela crônica, não peço desculpas: peço mais abstração"

Liberdade...

Ass:Nicole Cavalcante amapaense de nascimento e de ♥

Unknown disse...

O mal do crônista é se esconder atrás das palavras, ao invés de dizer q é aquilo q de fato ele pensa....
http://www.youtube.com/watch?v=sBt0Mjztmzo
Assite ai..
E Goiás, o q tem??
Vc??
Grandes coisas!!!

Unknown disse...

Amapá não existe no mapa, pelo menos para um jornalista de Goiânia
Por: Elden Carlos
Jornalista – Diário do Amapá

Não se sabe com que intenção um colunista do jornal Magazine Popular, de Goiânia, que atende pelo nome de Rogério Borges, resolveu de uma hora pra outra tachar o Amapá de “Terra do Nunca”. Em artigo publicado na edição do dia 7 de abril no jornal goiano, ele afirma que o Amapá não existe, que é um estado imaginário. Bom, se o jornalista ai tinha pretensões de ofender o Senador da República e Presidente do Congresso Nacional, José Sarney – já que ao que parece o Senador é a única coisa que ele conhece pelo Amapá - deveria ter escolhido um texto que não mexesse com a história e tradição de um povo que vive no estado mais preservado do Brasil, conforme pesquisas divulgadas nacionalmente.
Inicialmente, parece que o Rogério perdeu todas as aulas de geografia da escola. Ele diz que não sabe o que é a Oiapoque. Primeiro ele deveria aprender que o Oiapoque está localizado na parte mais setentrional do estado do Amapá. Limita-se ao norte com a Guiana Francesa, ao sul com os municípios de Calçoene, Serra do Navio e Pedra Branca do Amapari. Ao leste é banhado pelo Oceano Atlântico e a oeste faz fronteira com o município de Laranjal do Jari.
Mais isso ele não deve nem imaginar também. Por certo não deve conhecer o maior Parque Nacional do Brasil (Montanhas do Tumucumaque) com 3,8 milhões de hequitares. E o Marco Zero do Equador, será que ele sabe que o Amapá é a única capital do país cortada pela linha do Equador, e que temos o fenômeno do Equinócio duas vezes por ano? Mas deixemos de lado a geografia um pouco, afinal, quem passou tantos anos estudando – creio eu - e até hoje não conhece a geografia do próprio país, não vai aprender agora em uma rápida lição.
O artigo desse cidadão feriu os sentimentos de um povo que observa seu estado em franco desenvolvimento. Será que Rogério Borges conhece o Manganês, chamado de ouro negro da Amazônia e cujas maiores jazidas estão no Amapá? Será que conhece o açaí que exportamos para os maiores países do mundo? Será que essa pessoa, altamente desinformada, sabe onde passa o maior rio do mundo em volume d’água (O Amazonas) que banha a capital do estado (Macapá) e é nosso cartão postal?
Quanto ao São José, que perdeu, sim, para o Goiás lá dentro da casa dele, ele existe de fato e direito. Ocorre que não temos realmente tanta tradição no futebol nacional, diferente do Goiás que dispõe de uma infraestrutura moderna. Aliás, o estado de Goiás que é um dos mais desenvolvidos do país, deveria se envergonhar de ter como habitante, um homem que deveria ter como jornalista, a obrigação de informar de maneira eficiente seus leitores. Mas não é isso que acontece. Pessoas como esse rapaz é que sujam o nome da imprensa nacional. Não se pode admitir que uma pessoa sem conhecimento algum, ocupe linhas tão importantes de um veículo de comunicação para escrever absurdos e inverdades sobre o Amapá. Se quiser, senhor Rogério, está convidado a vir ao nosso estado tomar, quem sabe, um banho nas cachoeiras de Santo Antônio, ou conhecer e degustar a culinária do “MEIO DO MUNDO”, acompanhada de canções regionais tidas como as pérolas da Amazônia, dentre tantos outros espetáculos e belezas naturais que temos no Amapá. Um abraço Tucuju.

Paulo Tarso Barros disse...

Olá, Rogério, por gentileza, vc poderia me enviar uma cópia de sua crônica sobre o Amapá para este e-mail:

paulo.tarso@uol.com.br

Unknown disse...

Sendo crônica ou não, certas coisas são melhores que fiquem só pra nós mesmo. Você exagerou, pegou pesado MESMO, sem necessidade!

Karla Balieiro disse...

Há um texto bem legal da Kelly Tork que fala sobre o que escreveste do estado do Amapá... Sem ofensas, o que é melhor. Temos muitos goianos aqui no estado, e os que conheço são pessoas alegres, inteligentes e simpaticíssimas. Apesar da citação a teus personagens de outras crônicas, eles estão, como tu mesmo diseste, no plano do abstrato. Nós, não. Talvez por isso a indignação.

Bruna Cereja disse...

Falou o Rogério Mainardi

Gina Gracy disse...

Você conseguiu mexer com o orgulho do povo amapaense, hoje ouvi sua crônica no rádio, lida por um radialista local, o que com toda certeza vai provocar mais indignação.
Portanto prepara-se para ouvir mais, ou melhor, ler mais críticas.
Acho que você pegou pesado, passou um certo sarcasmo, falta de conhecimento e, por que não dizer... parece mesmo que você estava com raiva do Amapá.
Veja, não sou amapaense, mas moro aqui já há alguns anos e posso lhe garantir que é um estado muito bonito, que mesmo as cidades não tendo tanta infra-estrutura o restante do cenário compensa!
E o povo é muito gentil e hospitaleiro, eu que o diga!

Dono disse...

Li o texto, e até achei bem engraçadinho. Não te critico pelo preconceito, até pq acho que no humor vale tudo. Só acho medíocre você adaptar um texto do Diogo Mainard (sobre Cuiabá) pra aproveitar e fazer uma crônica sobre o estado do time que levou uma goleada do time da sua cidade. Genial, fazer plágio de um autor que seus leitores nunca ouviram falar, só pra bancar o escritor de textos de humor inteligente. Oh dó... Até os nomes das duplas sertanejas goianas são mais criativas...

THIAGO disse...

Olá, tudo bem? Venho por este comentário, dizer que li o tal texto citado, e sim, de alguma forma fiquei um pouco indignado. Sei que não era a sua intenção e que você é um cronista e tem todo o direito de escrever aquilo que bem entender. Não estou aqui para julgar você por aquilo que escreveu, lhe chamar de burro, ignorante, ou lhe dizer para ir ao google escrever "AMAPÁ" e depois clicar em "Pesquisa", muito menos chingar a sua mãe, porque sei que você não é ignorante e se fosse, sua mãe não tem nada haver com isto, mas sim, dizer para ter um pouco mais de cuidado com aquilo que escreve. Ser um pouco mais cauteloso. Tudo bem que a sua crônica não foi um texto de opinião, e jornalístico, mas foi algo muito surreal, a mexer com o real. Muito real, onde milhares de pessoas fazem parte. Fiquei totalmente estupefato ao ler tanta bobagem junta. Por mais que seja uma história irreal, pode gerar (e gerou) muitas dúvidas sobre aquilo que foi colocado, embora muitas das pessoas não percebam que o texto era apenas isto, e por muitas vezes fazerem coisas sem razão, acabam por julgar mal aquilo que lhes foi mostrado. Seu texto chega a ser bizarro. Mas mais uma vez, lhe peço para ter cautela, com assuntos do tipo. Por mais que seja uma história fictícia, pode soar como uma irônia, por mais que não tenha sido esta a sua intenção, e prefiro acreditar que não. Não sei se por ter pensado que você é de Goiás, seu texto não poderia nunca chegar no Amapá, você já viu que estava enganado, até porque eu moro em Portugal e o texto já atravessou o oceano, graças à Internet. Fique bem!
Me chamo Thiago, tenho 17 anos, sou amapaense, mas atualmente moro em Lisboa.

Felipe Façanha disse...

Não tenho dúvidas de que sua "crônica" expressa uma ficção, até por que crônica é exatamente isso. Acredito que você não seria tão ignorante assim a ponto de escrever esse texto sobre o Amapá acreditando nas asneiras que levanta no mesmo. Porém o que mais me impressiona é a falta do que escrever, o quanto você é desprovido de assuntos relevantes que podem fazer a diferença para com seus leitores e sua cidade. Tens uma arma nas mãos, aprenda a usá-la.

Dinete Botelho disse...

Mesmo sendo uma crônica ou não...você foi muito infeliz!!!! Quer escrever crônica, escreva coisas corriqueiras do dia-a-dia...não um texto que com certeza sendo crônica ou não foi carregado de preconceito e leviandade com o povo do meu Estado! Liberdade de expressão não implica em sair por aí ofendendo as pessoas e seus respectivos lugares...Você realmente foi muito infeliz! E suponho que você também não saiba fazer uma crônica, não com dignidade...muito menos com abstração! Passar bem!

Bruna Cereja disse...

"És responsável pelo que cativas"

Rodrigo Alves disse...

Cumpriu-se uma das funções literárias: a provacação. Os amapenses inteligentes que demonstraram indignação estão totalmente dentro de seu direito. Aos bobos que apelaram em baixo calão, resta lembrar a máxima da época de criança "apelou, perdeu". Sugiro agora que que um bom cronista amapense faça a réplica literária. Sem botar a mãe no meio, claro.

Bruno e Gabi disse...

Amigo voce acabou de perder a oportunidade unica de pedir desculpas sinceras, nao se esconda por tras do tipo de literatura que escrevestes, nao e pq vc se titula cronista que pode sair falando mal de tudo e coisas sem sentido e depois dizer q isso e arte... isso e no maximo falta do que fazer :)

Unknown disse...

'Eu ja ouvi falar do Amapá, alguém ja ouviu falar em Rogério Borges?" +1

enfim, acho que está claro que vc estava só tirando um sarro, e é justamente essa a causa da indignação. Não precisa justificar que é um texto de ficção pq fica mais ridículo. liberdade demanda responsabilidade e ética, levando em conta sua profissão.

Unknown disse...

Rogério,

Primeiramente gostaría de ti confessar que há tempos não procurava algo com tanta vontade como procurei pelo teu texto e pelo teu nome hoje, e isso se deve a minha extrema curiosidade em saber quem era esta pessoa que derrepente apareceu em varias atualizações de amigos no meu orkut.
Enfim, encontrei. Na verdade nem li a crônica, mas já ouvi tanto falar dela e baseado nesse teu ultimo texto formei algumas opniões.
Entendi a tua justificativa, não necessariamente o conceito de crônica, até msm pq eu sou da área da Saúde e Literatura não é mt meu forte. Porém o fato d ter entendido não significa que eu concorde ctg.
Não vou começar a falar de toda a beleza que nosso estado tem, de todas as suas qualidades e do povo maravilhoso que aqui habita, simplesmente pq existem pessoas que já fizeram isso mt bem (dá uma olhada em um texto bem legal de uma tbm jornalista "Amapá, uma abstração? – Por Kelly Tork").
E tbm não vou perder tempo em ti informar os meios no qual tu poderías ter encontrado o Amapá, pq por favor, É LÓGICO QUE TU SABES ONDE FICA O AMAPÁ, todo mundo sabe.
Então onde eu quero chegar, eu entendi teu HUMOR NEGRO, sei que não tinhas a intenção de ferir com o orgulho de tanta gente. Sei que como um escritor, apenas quería ti divertir com as palavrs e idéias (não q seja tua única função como tal), e não necessariamente formar opiniões e desmerecer NOSSO estado. Imagino que ao procurar informações para escrever sua CRÔNICA viste mts coisas que ti chamaram atenção de forma positiva. Eu sei disso...(Na verdade é exatamente dessa forma que estou tentando ti compreender pra não querer ti matar. rs)

Então chegamos a minha real intenção, gostaria de ti convidar a conhecer nosso estado de pertinho, pq só estando aqui, sentindo o q as pessoas q aqui vivem sentem é q realmente tu entenderías tanta raiva, tanto repúdio de tanta gente a pessoas q como tu ousaram a "falar mal" do NOSSO ESTADO, msm que fosse numa "simples" crônica que não expressasse necessariamente a opinião do autor.
Ms deixa eu ti falar, troca de nome qnd vieres, é pq nem todos estão tão cordiais como eu.

"Quem avistar o Amazonas
nesse momento
e souber transbordar de tanto amor
esse terá entendido
o jeito de ser do povo daqui.

JEITO TUCUJU- Val Milhomem e Joãzinho Gomes"

Abraços

Pablo Alcântara disse...

A delícia da crônica é ser absurda. Nem sempre há sentido, nem sempre é preciso buscar sentido. Atemporal. Mas até que essa crônica do Rogério foi útil. Sem precisar. Sabiam? Eu, como mineiro, acabei de descobrir muitas coisas sobre o Amapá. Primeiro: o estado realmente existe, visto o grande número de amapenses que surgiram. Pois é, descobri que os amapenses amam seu Amapá. Que legal! E o outro colega lá escreveu um artigo listando belezas geográficas e fatos locais. Aprendi também. Mas só fui descobrir isso agora. Sim, estudei geografia. Era bom aluno. Mas até nas escolas do sudeste nos ensinam pouco sobre o restante do país. Descobri o Amapá mesmo. Vocês só me contam isso agora? Acho que um estado tão amado e defendido tem que ser mais engrandecido pelos seus amados. Cadê vocês gente? Cadê? Isso, apareçam mesmo. Defendam o estado de vocês. Façam ele aparecer. Vão ficar esperando o pessoal do 'Sul' falar de vocês? Ao Rogério, parabéns por ser cada vez mais um cronista - que ele é um repórter dos melhores, eu já sabia - de mão cheia. (Agradeçam a ele pela chacoalhada).

Mariano Andrade disse...

Olá Sr Rogério Borges,

Seu texto realmente provocou uma certa inquietação da parte de muitos leitores, no Amapá o povo é muito, mais muito hospitaleiro, faça uma visita ao estado, quando voltares a tua cidade escreva outra cronica. Admiro tua inteligencia, porem acredito que "de poeta e louco todo mundo, mas todo mundo mesmo tem um pouco."
Abração e tenha uma Paz Profunda!

Cardoso K. disse...

Concordo com vc quando diz que palavras de baixo calão e ofensas a sua mãe não é maneira de pessoas se portarem. Isso seria perder a razão e também te ofender seria descer ao msm patamar que vc está ao nos ofender.
A crônica é sim apenas uma história que pode ser fictícia, mas querer nos convencer que nem sempre é o que o autor pensa, fica meio complicado, pois se vc nao concorda com isso, então pq escreveu? Foi obrigado? Foi abduzido e os ets te forçaram senão iria acabar com o Planeta? Não né Rogério, isso seria subestimar a inteligencia das pessoas. E outra, nós pessoas mais instruidas, informadas conseguimos sim interpretar um texto (mesmo quando a paixão nos leva a ver coisas a mais). entretando aprendi sempre na faculdde que um jornal escreve pra todos, desde o senhor estudado até a senhorinha sem mto conhecimento lá do bairro distante, que quando lê o seu texto acredita piamente que é verdade, pq pra ela vc é doutor das letras, se tá no jornal é pq é verdade. Pra ela nao interessa se é crônica ou artigo, ela não saberia identificar. Por isso sempre aprendemos que eh preciso tomar cuidado.
Vc mostrou pra Goiás, pro Brasil e até pro Mundo(pois sua crônica foi enviada para indignação de brasileiros em outros países) que um brasileiro não conhece a sua própria pátria o que ficou deveras feio pra vc.
A terra do nunca (Amapá) é sim um lugar cheio de problemas e até atrasos, mas isso não lhe dá o direito de escrever o que escreveu.
Mas tenho certeza que vc jamais imaginaria que as pessoas imaginárias do Amapá chegariam até a sua crônica publicada num jornal local, pois é... nós somos imaginários, mas somos bem informados e conseguimos usar a internet.
Espero que em um rompante de Criatividade como foi essa sobre o amapá... vc escreva uma carta de retratação a esse povo, que não te conhece, mas msm assim tem a certeza de que vc existe.

Julio Pereira disse...

Sinceramente, quando eu li o que você escreveu, entendi exatamente o que queria dizer. No entanto, quando se fala de pinchers, ou personagens fictícios, você não "ofende" ninguém. De certo, os menos apaixonados podem ver críticas à eleição do Sarney, ou ao futebol regional... De fato, não deixa de ter razão! Contudo, quando se escreve, deve-se ter a noção da repercussão que a matéria pode ter.
Sei que você sabe onde fica o Amapá, e percebo que você escreve bem. Não vou ofender você, ou sua mãe! Mas acho que você deve desculpas aos que não pensam da mesma forma. Alguns não sabem sequer o que é "abstração". Porém, sabem entender o sentido literal da escrita. E nesse sentido, seu artigo é ofensivo a eles.
De resto, imagino que as críticas, comentários, comunidades... criadas contra você, mostram a revolta que você conseguiu despertar em muitas pessoas. Penso que o sonho de todo jornalista é conseguir popularidade através daquilo que escreve. Mas as palavras, quando usadas incorretamente, viram armas. E a popularidade sonhada vira repulsa, mágoa e rancor! Infelizmente, você deu um tiro no pé!

Yashá Gallazzi disse...

Rogério, sua crônica foi ótima! Perfeita! Queria muito ter escrito aquilo. Parabéns!

A quem se sentiu ofendido, recomendo a leitura de Samuel Johnson: "O patriotismo é o último refúgio de um canalha." O que dizer, então, do bairrismo?

Rodrigo disse...

Não é medíocre fazer plágio. Ridículo é plagiar Diogo Mainard. Se você é leitor da VEJA, poderia escolher alguém mais capacitado para isso, como a Lya Luft.

JACIO disse...

È cidadão... talvez o senhor também não entenda, entre outras coisas, o que é EMPATIA. Em 2001, por ocasião do latrocínio do navegador e pesquisador inglês Peter Blake no litoral do Amapá, um jornalista de São Paulo apressou-se em caracterizar nosso Estado como uma região abjeta e passiva de ser até mesmo vendida dou dada aos judeus ou palestinos, tal sua inutilidade ao Brasil. Era uma reação furiosa, preconceituosa e patética em favor do tão civilizado povo inglês. Bem, anos depois, um oficial de polícia inglês assasinou a sangue frio um inocente jovem brasileiro dentro de um trem do metrô de Londres. O senhor sabia que o policial não foi punido e foi até foi condecorado? Se o senhor conseguiu sentir qualquer indignação perante estes fatos, poderá agora começar a compreender o que nós sentimos.
Sou cidadão Amapaense/Goiano, pois lá nasci, e aqui trabalho e moro com minha família. Amo Goiás e jamais ficarei calado perante alguém que daqui fale mal (mesmo que sejam abobrinhas abstratas)e sei que causaria indgnação em sua pessoa qualquer depreciação desarrazoada sobre o tão importante estado que é Goiás. Mas desaprovo vossa falta de sensibilidade e ignorância de fatos. Sugiro que adquira um senso mais construtivo ao sentar para escrever, pois é disso que o país precisa. O senhor perdeu uma boa oportunidade, e já deve ter concluido qual é. Seja mais humano. Seja empático. Empatia não faz mal a ninguém.

Unknown disse...

Rogério,

Você conseguiu a façanha de se transformar na "persona non grata" da atualidade aqui no Amapá. Se você ver aqui, vai ter que vir disfarçado, pois vamos mandar os melhores guerreiros da tribo Waiãpi para te recepcionar no Aeroporto (É!!! aqui tem aeroporto!!!) - brincadeirinha. se você vier aqui e passar uma semana, eu duvido se você não vai deixar esse seu orgulho de não reconhecer a burrada que fez de lado. Quando você provar o açaí (não essa gororoba que vendem aí em Goiás), um Tucunaré na manteiga, um camarão no bafo, tomar um banho no rio Araguari ou na cachoeira de Santo Antônio, ou quiser visitar a antiga base aérea norte-americana que mantém intacto o único atracadouro de zeppelins do Brasil no meio da floresta (dava uma excelente matéria jornalística), ou pescar no lago Piratuba (A Globo já esteve aqui sim, fazendo vários 'Globo Repórter'), ou simplesmente tomar uma água de coco sentado na beira do maior rio do mundo - o Amazonas, você certamente mudará de idéia e pedirá desculpas ao povo amapaense. Nossa gente é simples, como toda a alma nortista, mas corre sangue em nossas veias. Temos o orgulho de ser o estado mais preservado do país, em contraposição a Goiás, que foi devastado para dar lugar à agropecuária. Não temos pretensão de sermos conhecidos mundialmente, mas o somos assim mesmo. Somos a porta brasileira para a europa através da Guiana Francesa. Se você pretendia abstrair, porque não criou um estado fictício? - isto demonstra que você aprendeu errado sobre crônicas. Contudo, respeito sua opinião, ou seja lá como deseja chamar. Só que, todo ato tem consequências; e se você queria ficar famoso - conseguiu: a fama de desinformado e idiota.

Yashá Gallazzi disse...

Gente, alguém já leu os romances do Diogo Mainardi? Noto que falam dele como se fosse um escritor ruim. Muito pelo contrário! Esqueçam as preferências políticas dele, expostas na VEJA. Procurem ler os livros dele. São ótimos!

Unknown disse...

Crônica é literatura, é ficção. Basta saber isso para conseguir ler uma crônica, entendê-la, saboreá-la. E se ela nos diverte, nos faz sair da realidade, viajar, melhor ainda. Isso você fez, Rogério. Aos ofendidos, meu depoimento: sou bairrista ao EXTREMO. Amo Goiás. Sofro cada vez que meu Estado é discriminado (e olha que isso é muito mais frequente do que se possa imaginar). Brigo até para defendê-lo. E depois de tanta polêmica sobre essa crônica, coloco-me no lugar dos amapenses. E se fosse com Goiás? Iria ler a crônica e abstrair dela a sua riqueza de conteúdo, o seu humor, os conhecimentos paralelos nas entrelinhas. E concluiria que, pelo menos na crônica de um "desconhecido" Rogério meu Estado estava sendo celebrado. Simples assim. Mais do que isso é procurar chifre em cabeça de égua, é complicar a vida, é olhar o mundo com os olhos do rancor, é menosprezar nossa capacidade de leitura. A você, Rogério, nos encontramos por aí, pela redação e em mais um dos muuuuuuuuuuitos lançamentos literários que sua carreira ainda viverá. Seus voos são altos, como já disse minha cunhada.Para muito além desse Goiás tão esquecido quanto o Amapá.

Cíntia Souza disse...

Desinformado, sim. Idiota, não creio.

Escrever o que pensa sobre a política ou criticar o futebol amapaense, usando para isso a ideia de ABSTRAÇÃO, fazendo-se alienado, principalmente por acreditar que será engraçado, tudo bem. Afinal, é isso que diferencia os JORNALISTAS dos apenas Crônistas. Mas, daí você não reconhecer que foi, no minímo, irresponsável diante dos seus leitores por faltar-lhes com a informação, já é demais. Você não acha?
Não pense que esta reação amapaense acontece por falta DISLEXIA COLETIVA (quanto ao seu texto) ou por algum tipo de orgulho "nacionalista", não. Definitivamente, não mesmo.
A verdade é que você realmente conseguiu fazer um desfavor a nós leitores.
Não se pode desinformar. Pelo amor de DEUS, isso nunca!

Cíntia Souza
Jornalista Amapaense

hc.cintia@hotmail.com
hc.cintia@gmail.com
(96) 8118-5126

Elden Carlos disse...

Rogério, novamente você deixa a desejar quando diz não sabemos o que é uma crônica. Claro que sabemos, convivemos com isso, porém, uma crônica partindo do princípio de seu conteúdo, de fato, deve ser fictícia, fantasiosa. Um lugar imaginário com personagens "abstratos". O senhor não acha muita coincidência que em sua crônica você utilize o nome de um estado que existe de fato e de direito? que utilize o nome de um político que representa e foi eleito por esse estado e que hoje é presidente do Congresso Nacional? que nessa mesma ficção exista um time chamado de São José de Macapá, o qual o senhor pessoalmente viu de perto em sua cidade? Então, lamentamos o fato de ter ferido o sentimento de mais de 700 mil habitantes com seu texto "fictício". Mas, esperamos que tenha a humildade para, como jornalista, pedir desculpas sim ao nosso povo.

Elden Carlos
Jornalista
Jornal Diário do Amapá
eldendoradio@hotmail.com
eldenmelo@gmail.com

ArieleMartins disse...

Hei, Jornalista por vocação!

Assista amanhã ou na madrugada desta sexta-feira, (16/04), à 00h15(horário de Brasilia), no SBT Reporter, uma matéria especial sobre o Oiapoque. Assim, você fica sabendo que ele também não é abstração, miragem, ou coisa do tipo.

Unknown disse...

Você assistiu ontem o SBT Reporter? Muito bom, não acha? Pronto, você nem precisa vir mais no Amapá para conhecer, ninguem o quer por aqui... Beijos..

Luisa Dias disse...

Disseram aqui que faltava ao Rogério o que fazer, mas me parece que quem insiste na discussão é que não tem muito o que fazer. Uma crônica é uma crônica. Uma música é uma música. E assim vai... Ao autor, cabe o lirismo que intuir. Ao Rogério, cabe passar para o próximo capítulo, seguir adiante, continuar a escrever com a sua competência e inspiração. E aos amantes do Amapá, discutir as eleições, o futuro do estado, as suas belezas.Menos é mais.

Amapá, Amazônia, Brasil! disse...

Palavras devem ser pensadas, antes de serem expostas. Ainda que se trate de uma crônica. Todo povo tem direito a uma história... e isto deve ser respeitado.

Unknown disse...

Falo tudo Naiane! ;D
".. os homens erram, mas só os homens de verdade pedem desculpas.."
Quero ver se ele tem a coragem de botar o pé aqui!

Unknown disse...

Por favor publique meu comentário, viva a liberdade de expressão!

Unknown disse...

Meu querido, vc pode até achar que o Amapá não existe, mas acho que agora nem vai mais ter o prazer de visitar minha terra, pois como vc pode constatar os amapaenses existem e estão muito, muito bravos com vc.
Fique com DEUS!

j.lima disse...

sabe sr. rogério,temos que levar na esportiva suas crõnicas mas será que vc levou na esportiva quando os franceses fizeram o filme "turistas" que mostrava supostos brasileiros como traficantes de orgãos, ou quando os americanos fizeram um desenho ( the simpsons) mostrando o quanto tem ladrões no brasil, ou quando dizem la fora que no brasil só tem jogador de futebol e prostituição, pra eles é somente ficção e brincadeira mas será que gostamos disso?será que vc gostou disso? assim como o brasil não gostou dessas brincadeiras nos tb não gostamos de suas "crõnicas" sobre nosso lindo amapá.....pimenta no olho dos outros e refresco.....agora por que não ser humilde e pedir desculpas????

Marina disse...

Depois de ler um a um os comentários e de acompanhar a comunidade no orkut criada para protestar contra Rogério e suas palavras, fiquei pensando...Vcs, moradores do Amapá, costumam se mobilizar assim sempre que há um problema por aí? Quando a polícia não funciona, quando não há escola pra todos, quando o posto de saúde está fechado e quando os políticos não cumprem o papel deles, o que vcs fazem? Demonstram todo esse amor pelo Amapá, protestando, criando comunidades e invadindo blogs e twitter? Ou fingem que o Estado não existe? Usem o amor que sentem pelo Amapá pra fazer o melhor pelo Estado.

Maria disse...

Rogério Borges concordo com o Paulo Alcantara. Sou amapaense e, quando li sua crônica, depois de todo um estardalhaço feito por um programa de rádio local, dei umas boas gargalhadas. Em nenhum momento me senti ofendida. Penso que se quisermos responder a vc devemos ter classe. Agora fico feliz em saber que meu povo sabe muito sobre o nosso estado. Obrigada por ter causado todo esse alvoroço e fazer meus conterrâneos desmonstrarem seu amor pelo AMAPÁ.

Madalena disse...

Me respondam somente uma perguntinha, pessoal do Amapá, (que nem conheço, porem respeito), vocês estão criticando o que no Jornalista? Falar mal de algo que não conhece? E vocês falando MAL DO ESTADO DELE, NÃO SE IGUALAM A ELE? UM ABRAÇO.