domingo, 27 de abril de 2008

Dez leituras

Leia Vinícius de Moraes e se convença: falar de amor vale a pena


Leia García Márquez e faça uma homenagem aos ricos recantos da memória



Leia Guimarães Rosa e dobre seus joelhos ante a fabulosa força da linguagem



Leia Clarice Lispector e mergulhe na radiosa viagem pelos sentimentos soberanamente triviais


Leia William Faulkner e se espante com a falta de limites da maldade humana


Leia Machado de Assis e se encante com o uso perfeito da ironia

Leia Thomas Mann e aprenda a maestria de saber contar uma história

Leia Dostoiévski e se confronte com as muitas facetas da alma, escondidas em cada um de nós


Leia Virginia Wolf para saber que a tristeza carrega em si uma grande parcela de beleza


Leia Mario Quintana para descobrir que as coisas podem ser mais simples do que parecem

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A vida ensina

A vida ensina, mas muitas vezes a gente não aprende. Não aprende a priorizar as pessoas certas, a investir nas relações que valem a pena, a não querer de outros o que você deseja e sim o que eles podem oferecer. História complicada essa. Nos últimos dias tenho pensado muito nisso e, como o cara que sempre promete iniciar um regime na segunda-feira, fico me desafiando a mudar, a melhorar nesse aspecto.

Digo a mim mesmo: Rogério, não tome os outros por você; Rogério, não se importe com quem não se importa com você; Rogério, olhe bem e veja quem de fato merece sua atenção. É uma equação estranha e complicada. Se criticamos pessoas por determinadas atitudes, querendo que elas as mudem, acabamos, muitas vezes, nessa obsessão pela mudança alheia, esquecendo que nós também precisamos mudar nossas próprias ações, que pode haver alguém que deseja exatamente a mesma coisa e você ainda não percebeu.

Há pessoas que são especiais e dão grandes provas de coragem, que lhe dão grandes lições. Estou recebendo uma dessas nesse momento e isso acabou me serenando um pouco. Ao olhar para os problemas de pessoas que, de fato, gostam de você, aí é que percebemos que muitas de nossas preocupações são bobas, infantilidades e perdas de tempo. Mesmo passando por grandes provações, há pessoas que ainda conseguem dar demonstrações explícitas de carinho, apreço e atenção. São a essas pessoas que devemos nos dedicar, em quem devemos pensar, a quem devemos retribuir. A vida ensina. Um dia a gente aprende.

domingo, 6 de abril de 2008

O Leão e o Bode




Somos movidos a desafios. Alungs maiores, outros menores. Alguns importantes, outros totalmente idiotas. Alguns gratificantes, outros nem tanto. Cumpri um desafio profissional e, como disse uma de minhas muitas chefes, "tirei o bode da sala". Mas não foi só o bode que saiu da sala. Foi mais um leão abatido. Um leão que matamos todo dia, todo dia, todo dia, sem falta.Essa vida de matador de leões é complicada, mas acho que fui eu mesmo quem a buscou. Sou movido a desafios, a leões rugindo na minha orelha, a bodes que entram e saem da minha sala. Acho que acabei me acostumando.
Recentemente, abracei mais uma juba e estou tentando pegar outro bicho fedido pelo chifre. Tudo ao mesmo tempo. A vida vai ficando ocupada, mas ela também vai passando.Esses dias tenho pensado nisso. Talvez tarde demais... Mas se a vida vai passando e os bichos não saem de nossos pés, ocupando um tempo em que poderíamos estar vivendo, o que fazer? Não sei a resposta. Sei matar leões e expulsar bodes da minha sala. Faço isso com alguma competência e bastante empenho. O resultado não é dos piores. Mas é preciso admitir: cansa!!