sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

21 de janeiro

Um soco no estômago
Uma cadeira vazia
Uma linda trajetória que merecia mais consideração
Alguém que vai fazer uma falta desgraçada
Uma noite mal dormida
Uma pequena manifestação de luto
E a certeza de que precisamos aprender as lições
Principalmente as mais duras
Naqueles dias que a gente não esquece

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Máquina e homem

Em tempos em que a substituição de gente por máquinas, de sangue por parafusos, de sentimentos por códigos é tão comum, vale a pena relembrar uma canção de Gilberto Gil

O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Faz quase tudo
Mas ele é mudo

O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda

Só eu posso pensar se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões de carne e osso
Eu falo e ouço

Eu penso e posso
Eu posso decidir
Se vivo ou morro por que
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
No meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo
Sou muito vivo e sei

Que a morte é nosso impulso primitivo e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro
E seus olhos de vidro