quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Na minha casa


Nunca fui muito partidário de usar este espaço para falar de coisas estritamente particulares, de experiências essencialmente pessoais, de vivências do âmbito privado. Mas para toda regra...

Vou falar de algo que tem ocupado boa parte do meu já escasso tempo nos últimos meses: minha casa nova.


Na verdade, um apartamento. Um cantinho pra chamar de meu que me endividou até o pescoço e tem feito com que eu inaugure, de fato e de direito, um outro estágio da minha vida.

Tardiamente vou viver só. A solidão é algo que para mim, um sujeito melancólico e carente, combina bem. Eu me identifico com os solitários por saber valorizar momentos que não devemos compartilhar.


Mas a minha casa não será só minha. Não quero que seja. Não pretendo que seja. A minha solidão será respeitada sobretudo por mim, mas este apê, que venho montando com esforço, carinho, paciência e insegurança desde o final de maio, terá um tapete de feira na porta de entrada com aquela inscrição que muitos acham meio brega (eu também, confesso), mas que significa muito: Seja Bem Vindo.


O melhor de ter a nossa casa não é usar o banheiro com a porta aberta, andar de cueca pela casa, ter total controle do controle remoto. O melhor é poder convidar pessoas queridas para entrar nela, para estar dentro dela juntamente com você. São estas pessoas que dão movimento ao imóvel, que nos deixam lembranças, que nos dão alegrias e confiam a nós seus problemas. São os amigos, os queridos amigos, aqueles que são tão essenciais como o ar.


O apartamento é pequeno e não cabe todos dentro ao mesmo tempo. Nestes dias em que quero boa parte dos meus grandes amigos limpando os pés no tapete de feira da porta, estou ansioso por recebê-los e feliz pelo mesmo motivo. Lá estarão meus amigos, aqueles a quem estimo, aqueles com quem quero compartilhar mais do que uma conversa animada em minha sala recém-mobiliada. Assim como o apê, eles são "meus", fazem parte do "meu" patrimônio e deles não abro mão.


Não há melhor decoração para uma casa nova do que amizades verdadeiras. Como diz o tapete: Sejam Bem Vindos

3 comentários:

Deire Assis disse...

ainda bem q fui convidada (kkkkkkk)

continuo achando q vc deveria ter comprado um sofa vermelho no lugar do cor chocolate.

brincadeiras à parte, desejo limpar muito, mas muito mesmo meus sapatos nesse seu tapete de feira. pensando bem, acho q vou te dar um tapete de presente menos brega do q esse q já nos aguarda na sua porta...

parabéns, rogerito! Pela casa e por todo o resto...

Unknown disse...

O sofá-cama já chegou? Eu e meu digníssimo queremos passar o fim de semana lá, sem pagar diária, evidente. E quero quibe frito ou assado, de preferência aquele recheado com catupiry. Depois passo o telefone do cara que vende...Boa sorte nessa nova fase! Felicidade sempreeee!!!! (essa quantidade de vogal representa o tanto que grito na vida) ah, já que o sofá é marrom, o tapete tem que ser claro...kkkk

Paula disse...

Ô, fofo, sabia de tudo isso não... Parabéns. Morar sozinho é mesmo uma aventura, com as surpresas, dificuldades, comemorações e lamentações, tudo junto. Depois quero saber tudo. Te pergunto no jornal pra você me contar. Ou na arquibancada do Serra. Tomara que eu ainda consiga ir em algum joguinho no campo antes do fim do campeonato... Hehehehe. Mas tudo de bom, de lindo e de feliz na casa nova e na vida nova. Qualquer coisa, me grita ali do lado da sua editoria. Beijo grande!!!!